quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Icif Curso Avançado 2009

Tortelline de ricota e emulsão de baterraba



Esta escola, com seus mestres, foi tudo de bom pra mim este ano.
Trabalho muito dentro de restaurantes, mas tenho poucas possibilidades de tempo para me reciclar.
Este ano finalmente consegui uma brecha e fiz o curso de Chef Avançado no Icif de Flores da Cunha-RS.
Bom, posso dizer que foi demais, muito bom e mais um pouco!! Valeu realmente!!!
Aprende-se o clássico, contemporâneo, se troca muita informação e tudo é muito moderno e organizado.
Recomendo!!!!





Canederlli desconstruido





Risotto de Perdiz

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Slow Food




Por uma Gastronomia mais racional:
Nos últimos anos uma grande quantidade de cursos de gastronomia é oferecida por instituições de ensino, das mais diversas, pelo Brasil todo. O mundo acadêmico foi invadido por essas pessoas estranhas, com seus chapéus esquisitos, uniformes brancos..., mas quem são essas pessoas?..., o que pretendem?
Talvez atraídos por um falso glamour, jovens de todas as regiões entraram para o mundo da gastronomia com a finalidade de tornarem-se grandes chefs e talvez receberem o reconhecimento de todos como um grande artista ou coisa parecida.
O que de fato essas pessoas esquecem ou desconhecem é que essa é uma profissão muito difícil, que requer dedicação extrema, muito estudo, resignação e, principalmente, conhecimento sobre o próprio contexto científico no qual está inserido.
A gastronomia é, antes de tudo, uma ciência complexa. Faz parte da sociologia, da antropologia, da economia, da filosofia, da nutrição, da saúde, enfim, de tudo aquilo que envolve o homem enquanto ser que se nutre. Como escreveu Câmara Cascudo, “comer é um ato orgânico que a inteligência humana tornou social”, e é papel do gastrônomo entender que esse processo vai além da preparação de uma boa receita e que existem fortes conexões entre o prato que preparamos a cultura local e até mesmo a sustentabilidade do planeta como um todo.
Para tanto buscamos sempre o aperfeiçoamento multidisciplinar, para quem sabe podermos contribuir em nosso dia a dia para restituir ao alimento a dignidade que ele merece ter.
“Comer é um ato agrícola”, disse, numa frase famosa, Wendell Berry (fazendeiro e economista americano). É também um ato ecológico, além de um ato político. Ainda que muito tenha sido feito para obscurecer esse fato bastante simples, o que e como comemos determina, em grande parte, o que fazemos a nós mesmo e a nosso mundo – e o que vai acontecer com ele.
É papel do gastrônomo o desenvolvimento do gosto sim, mas sabendo que existe uma história do prato pra trás, e não só do prato para frente. E é a partir dessa conscientização que nos tornamos co-produtores e co-responsáveis por aquilo que se produz.
Por isso nossa produção e baseada no artesanato gastronômico, evitando industrialização, e entendendo o processo de elaboração do alimento e seu impacto na sociedade.